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Ricardo Andrade – Comissário de Bordo
Ricardo Andrade
Comissário de Bordo

Opinião de Ricardo Andrade

Desistir? Nunca!

6 de maio de 2019
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Numa altura em que nos preparamos para um ciclo de eleições nacionais, julgo que se torna evidente que a problemática da identificação entre eleitos e eleitores se torna particularmente relevante bem como que essa questão não deixará de estar na ordem do dia quer pela importância de uma análise isenta e imparcial da mesma quer pela relevância essencial para o futuro da nossa democracia enquanto elemento fulcral de participação cívica e política.

Tem sido comum por parte da classe política a análise a um aumento da abstenção em atos eleitorais. Têm sido recorrentes as considerações dos eleitores acerca de comportamentos apelidados de desadequados ao exercício de cargos políticos por parte dos eleitos.

Ambas realidades revelam que existe um longo caminho a percorrer para que haja uma cada vez maior aproximação entre duas partes essenciais da realidade democrática neste nosso país à beira-mar plantado.

Mas esse caminho não pode ser trilhado com resultados positivos enquanto não houver uma mudança real e efetiva da forma como os intervenientes se comportam enquanto elementos fulcrais de um amanhã mais global que não devemos deixar de procurar construir.

Na política como na vida, os exemplos são uma parte integrante de histórias de sucesso. Infelizmente, se olharmos para os comportamentos por parte de muitos dos que desempenham cargos públicos, estes não têm sido motivadores para aqueles que são chamados a exercer o seu direito de escolha em quem pretendem que tenha um papel decisório na sua representação.

Possíveis abusos de autoridade, escolhas duvidosas de políticas a prosseguir, aparentes favorecimentos com base em critérios familiares e partidários, atitudes de soberba no desempenho de funções, gastos públicos pouco claros e muitos outros comportamentos não poderão jamais ser encarados com o caminho certo a trilhar.

Se é certo que não devemos exigir que ninguém seja perfeito pois tal é impossível, também é legítimo que esperemos que haja sempre uma busca pelo melhor e não apenas um contentamento e conformação com os mínimos.

E nesta esperança todos devemos ter a vontade e a coragem de não virar a cara à luta.

Por isso tomei recentemente atitudes de denúncia de comportamentos políticos ao nível local em Loures que acredito estarem a minar a confiança dos eleitores nos seus escolhidos para eleitos. Por isso não desistirei de ir clarificando o que penso e esclarecer todos de realidades muitas vezes escondidas que não podem persistir. Por isso não desistirei de fazer o meu pequeno papel para um futuro melhor de todos.

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