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Ricardo Andrade – Comissário de Bordo
Ricardo Andrade
Comissário de Bordo

Opinião de Ricardo Andrade

Venham as Autárquicas!

9 de setembro de 2024
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Tal como a vida, também a politica não pára. Fecham-se ciclos e abrem-se novos caminhos.
Debatem-se orçamentos, discutem-se putativos candidatos a Presidente da República, opina-se sobre que rumo devem ser seguido para áreas estruturais como a saúde, a habitação ou a educação.
Criam-se factos políticos a um ritmo vertiginoso e perde-se muitas vezes a noção daquilo que é efectivamente essencial para o português comum.
Gastam-se horas e horas de comentários nas televisões com supostos renomados especialistas ( de não se sabe muito bem de quê ) apenas para preencher a programação.
No meio de tudo pouco se fala dos rumos a seguir naquelas que são, para mim, eleições fundamentais para a vida das populações... as eleições autárquicas.
Notícias e mais notícias, sondagens e mais sondagens sobre quem são os mais ou menos fortes nomes para futuro Presidente da República mas poucas linhas sobre os futuros candidatos autárquicos.
Inúmeros Presidentes de Câmara em final de mandato, vários executivos fragilizados, diversos autarcas eleitos por forças politicas que passaram a independentes e poucas linhas sobre como tudo isto pode marcar o futuro político em diversos municípios e freguesias.
Confesso que, para mim, faz pouco sentido que assim seja. Admito que, para mim, é até um pouco disfuncional darmos grande enfoque ao foguetório presidencial e olvidarmos o papel essencial que podem ter os Executivos e as Assembleias Municipais e os Executivos e as Assembleias de Freguesia para a melhoria da vida dos munícipes e fregueses.
Não que seja um grande novidade este papel de parente pobre a que a comunicação social remete as autarquias locais. Não que me surpreenda que não se fale muito sobre as eleições autárquicas que se avizinham.
Mas o que facto de não me surpreender não me faz conformar-me com o ignorar por parte da comunicação social.
E também não me faz deixar de pensar que devem ser as populações a procurar estarem mais a par do que será o cenário eleitoral autárquico aí à espreita.
E ainda não me deixa de fazer acreditar que devem também ser os futuros candidatos e estruturas que os apoiam a iniciar quanto antes os processos de escolha.
Esta antecipação de calendário, que aliás alguns já foram fazendo, deveria sim ser a regra e não a excepção.
Porque os verdadeiros motores do processo democrático que são os eleitores merecem ser tratados com respeito. Porque os verdadeiros decisores têm direito de poder antecipar o seu processo de escolha e decisão para o poderem fazer em consciência.
Assim sim poderemos dizer quanto antes: “ Venham as Autárquicas!”.

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