Opinião de Ricardo Andrade
Agradecer e sorrir
3 de fevereiro de 2025
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Fevereiro será sempre um mês especial. A cada ano que passa este é, cada vez mais, o mês em que me lembro de como o tempo passa rápido, de como os dias e os meses não voltam atrás e de como a vida me ensina tantas e tantas coisas sem que me aperceba, no momento, das lições.
Se é verdade que a passagem dos anos me poderá levar a abrandar também o é que o correr do tempo me faz ter noção do muito que vai ficando para trás sem que possa recupera-lo.
Estes dias de Fevereiro do ano passado a Fevereiro deste ano trouxeram-me imensas coisas, inúmeras mudanças, muitos desafios e tantos e tantos “abrir de olhos”.
Ri, chorei, sorri, franzi a testa, protestei, agradeci, questionei...enfim... vivi!
Nesse processo de crescimento, evolui. Nesse processo de viver, cresci. Mas também tive a tentação de pedir ao tempo que não corresse tão depressa e depois lhe dissesse que tinha que ser mais rápido.
Aprendi a conviver melhor com as decepções sem nunca cair no erro de deixar de sonhar. Lidei melhor com os desafios que me iam aparecendo pela frente e descobri que também consigo “escalar uma montanha” sem que tenha que o fazer sozinho.
Redescobri tanta e tanta gente boa que dá o mundo sem nunca pedir nada em troca. Reencontrei companheiros desta viagem que, na verdade, nunca tinham ficado perdidos. Tornei a perceber que mais importante do que a viagem são aqueles que a escolhem fazer ao nosso lado.
Tudo isto não tem preço. Tudo isto não é possível de medir. Tudo isto não é questionável.
Enquanto tudo isto me acontecia a terra não parava de girar e a sociedade não deixava de evoluir ( ou regredir consoante a interpretação de cada um ).
As guerras continuaram, a economia prosseguiu com as suas dinâmicas e a política local e nacional trouxe várias surpresas e algumas certezas do costume.
De Fevereiro a Fevereiro, ganhei mais uns brancos na barba e sobrevivi a algumas angústias mas, acima de tudo, percebi, ainda melhor, que todos os dias temos que construir o nosso futuro deixando que as ondas que podem construir também tragam vida e revigorar. Percebi que não podemos voltar atrás mas que temos sempre a oportunidade de nos tornarmos melhores... desde que queiramos... desde que tenhamos uma vontade férrea acompanhada de princípios e de valores sólidos... desses que nos confortam mas que também incomodam muito quem não os tem.
Sei, hoje mais do que ontem, que podemos mesmo ser donos do nosso destino. Sei, hoje mais do que ontem, que se recebemos também devemos dar de volta. Sei, hoje mais do que ontem, que podemos não apenas mudar a nossa vida mas também a de qualquer outro que passe no nosso caminho.
Por isso agradeço cada vivência, cada respirar, cada bater do coração.
E por isso... sorrio mais hoje que ontem.