Mel de Cicuta
Congressos orçamentos e vacinas
5 de dezembro de 2020
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Levei uma valente rebocada. Recebi várias chamadas nesse sentido, mas uma delas foi mais a doer.
E com razão.
Fizemos um artigo sobre a vacina da gripe. Informámos que estava disponível nas farmácias. Assim nos foi dito por fonte credível e, com pompa e circunstância. As chamadas que nos foram feitas diziam, e com razão; «Diga-me uma farmácia que tenha a vacina no concelho de Loures?» e não havia, naquele momento, em nenhuma farmácia.
Fui enganado, deixei-me enganar, e por isso peço desculpa aos nossos leitores. Segundo o que consegui apurar muitas farmácias receberam menos de 50% das vacinas que tinham solicitado. Assim não há prevenção nem sistema que possa funcionar. Impelimos as pessoas para um caminho que depois, na verdade, não existe. Pode ser que sirva de exemplo para o que aí vem no fenómeno COVID19. Para que erros que parecem básicos, não se repitam.
Do orçamento municipal para 2021, quero apenas realçar um projeto de que há muito Loures necessitava ver concretizado. O seu Centro Cultural. O local condigno para receber as coisas das artes. Seja teatro, concertos, exposições ou outra manifestação artística que venha a surgir no seio deste espaço. Está neste momento no papel, mas, todos juntos, não podemos deixar cair em dialética e temos de levá-lo a bom porto. Eu, pessoalmente, estou muito contente.
Pessoa dizia que «O fim da arte inferior é agradar, o fim da arte média é elevar, o fim da arte superior é libertar». Esperemos que aí venha muita arte superior! Mas que não seja só dessa.
Do congresso do PCP, em Loures, no Pavilhão Paz e Amizade, que deu celeuma nacional, muitos são os pontos de divergência. O PSD Loures reforça a ideia de falta de solidariedade com o resto da população. A CDU invoca a legalidade do ato e a sua capacidade organizativa. O PS aflorou a questão da utilização parcial de uma escola, privando os alundos de aulas de Ginástica, no pavilhão que serviu de refeitório aos congressistas.
Eu pelo meu lado acho que há presidências em janeiro e autárquicas em setembro ou outubro de 2021. As turbinas aquecem, mas reservo o meu direito de indignação para outros factos. Todos falam para o seu eleitorado, com base naquilo que é a sua consciência e os seus valores. Os eleitores, esses, farão as suas escolhas de forma livre, mais uma vez.
PS: Este artigo é estupidamente escrito com o novo acordo ortográfico.