Das Notícias e do Direito
Inquérito de Verão
8 de agosto de 2021
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Chegados a agosto no seio da designada silly season (temporada das tontices), comummente conhecida pelos inúmeros inquéritos de verão sobre nada e coisa nenhuma…pensamos... why not?
Como não posso escrever do tema do momento na justiça e estamos em férias judiciais com alguma tranquilidade, aí vai, façamos o exercício sazonal, no concelho do Notícias, em tempo de autárquicas, nunca se sabe quem nos lê…
Vivo em Loures, desde agosto de 1975, após uma temporada no Rio de Janeiro, vinda de Lourenço Marques, Moçambique.
1ª residência em Frielas, a terra dos Bagulho e dos Saramago, em que toda a gente é prima de toda a gente! A 2ª também foi por lá, a 3ª é no Fanqueiro.
A escola: em Frielas, a primária, em Sacavém, o ciclo, em Santo António, o unificado, (que saudades da provisória de madeira), em Loures, na cor-de-rosa, que mudou de cor, mas não de designação, o secundário. Que o 12º já foi na Cidade Universitária.
Memórias afetivas, os passeios dominicais à casa das Tias Sara e Adelaide, em Guerreiros.
O 1º Carnaval, penso que em 1976, o fascínio pelas majorettes, e pelos Reis, o Victor Mendes e o Óscar Acúrcio!
Da Flamenga, com as idas à ginástica respiratória e lanche na Didu, invariavelmente um esquimó.
Atividades, os escuteiros, primeiro com os de Stº António, depois em Frielas, com o desaparecido Agrupamento 821.
A Associação de Estudantes da António Carvalho Figueiredo, sim o nome oficial da cor-de-rosa, em 1987/1988. Da Associação ficaram amizades e dois jantares anuais, só suspensos com a pandemia.
Boas memórias das Festas de Loures, concertos muitos, GNR, Xutos, Sétima Legião, Madredeus, e todas as bandas dos anos 80 à atualidade.
Saudades, do tempo em que o Infantado tinha um clube com piscina! Pagava-se entrada e passavam-se umas boas horas. Não há nada parecido!
Saudades, muitas, do Pão de Ló de Loures, não falo apenas do bolo, mas também, o melhor espaço de gelados, com sabores incomparáveis e no inverno o melhor chocolate quente, sem esquecer a simpatia dos proprietários. Insubstituível!
Da Horta, onde nos anos 90 se comia bife de crocodilo. Da Casa da Lenha e da Casa das Bonecas. Do elitista Encontro e da Páscoa, com preços para os noveau riche.
Do Forcado que manteve a qualidade da gastronomia e um atendimento de excelência.
Das idas mensais a Moscavide para ir pagar a renda, com direito a merengue na Cascata e mais tarde a um gelado ou croissant na Tarik, do Centro Comercial da Portela.
Dos acampamentos de Escuteiros no Cabeço de Montachique e em Alhandra, debaixo da estátua.
Quem pode dizer que nos anos 80 vivia num concelho livre de armas nucleares? Quem vivia em Loures, pois é!
Não gostava da Calçada da Carriche que nos isolava do mundo, que me fez perder a 1ª chamada da PGA, por chegar com 1:30h de atraso, por ter de apanhar transporte às 7h da manhã para estar em Lisboa às 9h. Enfim, mais de 20 anos para termos outros acessos e uma faixa bus…
Não gostava de não ter transporte para Frielas depois das 22h e pouco, o que parece persistir.
Faz falta a ligação do Fanqueiro ao Infantado.
E um passeio simpático, que substitua as idas à lezíria por um espaço moderno e seguro para caminhadas e desporto.
Já que não temos mar ou rios que permitam ter praia, arranjem-nos umas piscinas, vá lá até uma charca serve nos dias de maior canícula.
Enquanto isso, tenho de ir descobrir uma cascata que existe por Bucelas e o Castelo de Pirescoxe! Sim, porque a viver no concelho há quase 46 anos ainda não conheço tudo!
Já tenho o que fazer!
Saúde e prudência!