Das Notícias e do Direito
Existências e Balanços
6 de janeiro de 2025
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Ano novo, vida nova…
Deixemos cair a frase feita e pensemos no que queremos, no que concretizamos, o que não fizemos, o que conseguimos. A turbulência, o inesperado, a reviravolta, as surpresas…
Gosto de metas, de desafios, de experiências.
Penso no futuro, penso no ano que finda, faço uma lista de desejos e projectos.
Almejo, umas vezes alcanço, outras nem tanto.
Meço as conquistas, pondero os desconseguimentos e vejo o que posso mudar. E o que quero, pois já há mudanças que, pura e simplesmente, não quero.
Gosto de pessoas, de festas, de livros, do mar e de concertos.
De caminhar ao Sol, de nadar, de dormir e muito, muito de ler.
Do Natal, de fazer anos, de trabalhar, de comprar presentes para oferecer.
Reciclo, gosto das plantas, de as ver medrar e multiplicar.
Gosto de saber que aprendi algo, de fazer descobertas.
Gosto de rir. Rio com facilidade e isso é meio caminho para a felicidade. Por vezes breve, mas intensa.
Em suma, olhando para o mesmo copo meio de água, muito vê-lo-ão meio vazio, para mim estará sempre meio cheio.
E este é o meu status. Não de pateta, mas de optimista.
O optimismo é necessário e essencial ao nosso bem-estar.
Consola-nos nas provações, conforta-nos nas perdas e anima-nos a prosseguir, a seguir, a desafiar, a andar.
Pois bem, e para 2025, o que vamos querer.
Pessoalmente, queremos todos o melhor, para nós, para os nossos, para a nossa vida.
E para o nós Comunidade, Cidade, País?
Foi notícia este ano de 2024 um crime horrendo, perpetrado no seio da família, perto, em França.
O caso de Gisèle Pélicot é assombroso.
O Marido que a drogrou e negociou, sucessivamente, a sua violação.
Os Homens que a violaram.
Os Homens que não a violaram, viraram costas, mas não denunciaram.
E Gisèle é um exemplo extraordinário. Uma Mulher, uma vítima, que sofreu um indizível horror, com gravíssimas sequelas na sua saúde. Alguém que pegou nos seus cacos, nas suas dilaceradas feridas, que ergueu a cabeça e ostentou uma dignidade e carácter invulgares.
Dizer que não queremos mais casos destes é um lugar comum inconsequente.
Assim como o fim das guerras, dos tiranos e dos loucos com poder.
Digo apenas que gostaria que dignidade e carácter, integridade e lealdade, fossem objectivos e ambições de muitos.
Tal tornaria o Mundo um planeta muito melhor frequentado.
Entretanto, já que aqui estamos, brindemos à vida, deixemo-nos sentir saudades, sentir emoções, verter uma lágrima, soltar uma gargalhada e fazer por ser feliz.
Saúde, Paz e Alegria!
Feliz 2025