Das Notícias e do Direito
Consciência ou depressão? Uma escolha na sua TV
6 de novembro de 2022
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Assistimos diariamente a uma catadupa de más noticias.
A guerra. O estado de sítio pós-eleitoral do Brasil.
Os mal resolvidos e assumidos casos de abusos sexuais na Igreja.
A inflacção.
O aumento dos preços.
A subida das taxas de juro.
O aumento da prestação de casa.
A inflacção, o aumento dos preços, a subida das taxas de juro, o aumento da prestação da casa.
E volta ao início, qual jogo da glória, quando perto da meta, caíamos na caveira e tínhamos de retroceder ao princípio.
É evidente que todos temos de estar informados, e que a maior parte de nós quer, efectivamente, estar informada.
Mas há dias em que parecemos ter regressado aos confinamentos e aos noticiários com números de morte, internados e ventilados absolutamente avassaladores e tenebrosos.
Sabemos que a economia mundial não está nos seus melhores dias.
Conhecemos o impacto da pandemia e da guerra.
Sentimos a inflacção e muitos de nós os aumentos das taxas de juro e o impacto na prestação das casas.
Mas não soframos por antecipação.
Rapidamente chegaremos a um estado de profundo temor e angústia, receio pelo futuro, medo de uma grande depressão à semelhança do século passado.
Não querendo ser como a avestruz, não precisamos também de ser uns arautos da desgraça ou propagandistas da miséria e da fome.
Se temos de ter cuidado? De ter poupanças? De tentar aforrar? De acautelar o dia de amanhã?
Decerto que sim.
Mas também temos de ser ou manter o optimismo, a esperança, a convicção dos melhores dias que virão.
E ser solidários, com quem temos alegria e capacidade de olhar o Sol e ver o verde nas árvores e o azul no Céu.
Partilhar a esperança, perseverar no caminho.
É possível um equilibro entre o extremo do tontinho desinformado e/ou desinteressado e do super informado a aguardar a desgraça, o cataclismo.
Eu prefiro, sempre, ver o copo meio cheio e nunca meio vazio.
Quando as notícias já cansam ou angustiam, desligo a TV, ou procuro um concerto no Youtube.
Mantenho-me informada e ciente do tempo que corre e dos acontecimentos.
Reservo-me, porém, manter-me optimista e serena.
Assim, é possível respirar diariamente e levar a vida!
Afinal, mesmo nos maus momentos surgem bons momentos e oportunidades.
Bom S. Martinho, castanhas e vinho.
Saúde e paz!