Das Notícias e do Direito
Advento e Eventos
4 de dezembro de 2022
Partilhar
Chegados a Dezembro, impõe-se celebrar a vida, o (re)nascimento, o Natal e a passagem de ano.
Sem pretender ser moralista, papel que não gosto nem me assenta, é certo que o Natal tende a ser uma época de elevado stress e descontrolo.
As prendas, as comidas, gramar com a família de quem se não gosta, os sogros, os padrastos e madrastas, correr seis, sete ou mais casas em 48 horas (pensem, pais e sogros divorciados e recasados, avós de um lado e outro…).
Se há algo que a vida nos ensina é a deixar cair os fretes, relativizar os incómodos e aproveitar aquilo que gostamos.
A pandemia e a guerra deviam ter o efeito de nos fazer pensar. A muitos isso aconteceu, até porque a vida se alterou completamente.
Lembro, por exemplo, uma pessoa que ao fim de 20 anos se despediu para iniciar um projecto próprio de uma agência de viagens em janeiro de 2020!!! Há também aqueles que perderam o emprego, ou que concluíram que tinham uma vida que não queriam, seja no campo profissional, seja no pessoal.
Eu cá gostava de erradicar da minha vida os sonsos e mentirosos, os falsos e hipócritas que com a maior das latas sorriem à nossa frente e de seguida nos difamam. Ou aqueles para quem a mentira é um modo de vida. Ou que acham que determinada imagem agradará ao mundo, ainda que não corresponda à sua identidade.
Enfim, milagres destes não há e já não tenho idade para estas ingenuidades.
O que proponho?
Pois bem, celebre apenas com aqueles de quem gosta muito. Não faça 10 doces, 4 pratos salgados, só para cumprir a tradição, ficando depois de castigo a comer coisas várias que nem aprecia particularmente. Faça ou compre aquilo de que gosta! Ou experimento algo completamente diferente.
Limpe a casa, desfaça-se do que tem a mais. Leve a uma loja solidária. Venda a uma loja que adquire bens em 2ª mão. Ofereça.
Dê prendas simbólicas e informe que com o resto do orçamento natalício fez um donativo (dedutível no IRS). Sim, esse benefício fiscal ainda existe e há que aproveitar, poupa e faz o bem!
Escolha uma playlist de músicas natalícias e divirta-se a decorar a casa.
Crie novas tradições ou recupere antigas.
Ou use tradições alheias que o façam sorrir…
Posso partilhar, por exemplo, que a minha Avó, nascida em 1901, no Dia de Natal, nos levava à cama uma caneca de chocolate quente, que havia preparado.
Que com os meus Pais, temos também a tradição do almoço na Consoada! Juntamo-nos para almoçar polvo, e mais tarde jantamos o bacalhau.
Porque nasci em Moçambique acalento a vontade de voltar a viver um Natal no Verão!
Aproveite, não entre em crise ou ebulição, pense e foque-se apenas no que gosta e é bom.
Deite fora as pessoas tóxicas, aquelas que só desiludem ou perturbam.
Escreva a carta ao Pai Natal ou Menino Jesus.
Faça do Natal um bom momento!
Boas Festas!