De Pedro Cabeça

Carta aberta em defesa de Ricardo Leão

11 de dezembro de 2024

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Em defesa da honra dos Princípios do Partido Socialista, em defesa
da honra de um socialista

Conheço Ricardo Leão. Conheço-o bem. Sei que trabalha incansavelmente por Loures e pelas pessoas que lá vivem. É um homem de compromisso com a justiça social, que vive os valores do Partido Socialista. E agora querem crucificá-lo. Mas pergunto: onde estão os princípios socialistas quando o atacam sem compreender a realidade que enfrenta?
Não sou, nem nunca fui, apologista de medidas inconstitucionais, e sei que Ricardo Leão também não o é. A recomendação que incomoda algumas elites socialistas é apenas isso: uma recomendação, limitada pelos regulamentos e pela lei. O que ele expressou foi a indignação de quem viveu de perto momentos difíceis: um autocarro em chamas, vandalismo e insegurança que abalaram o concelho. Foi humano ao sentir e partilhar a dor da sua comunidade. Isso não o afasta dos valores socialistas, pelo contrário, reforça-os.
Ricardo Leão não vive no conforto de um gabinete. Ele conhece a realidade das pessoas, partilha as suas dificuldades e esperanças. É exatamente isso que incomoda. Aos críticos pergunto: estão habituados a uma política distante, polida e vazia de emoção? Ricardo Leão não é isso. É socialista com coração, com princípios, com ação. Não defende elites isoladas, mas os valores do PS na realidade do dia a dia.
Querem atacá-lo porque falou com o coração, porque, num momento difícil, expressou o que muitos sentiram. Agora, acusam-no de ser “incendiário”. Mas onde estão os socialistas que reconhecem a importância de direitos e deveres iguais? O PS não é, nem deve ser, um clube de elites. É um partido do povo, e Ricardo Leão encarna esse socialismo verdadeiro.
Aos que o atacam, digo: não confundam uma declaração num momento extraordinário com toda uma vida de trabalho dedicado. Ricardo Leão não abandonou os princípios humanistas do PS, mesmo quando enfrenta adversidades. Ele defende um socialismo de ação, de justiça e de humanidade.
Como dizia Mário Soares: “Um governo que não fala com o povo que o elegeu não tem legitimidade.” Ricardo Leão não foge às responsabilidades, ouve a população e age. É essa proximidade que incomoda os que preferem a política de redomas asséticas e discursos vazios.
Quem ignora o povo em nome de lutas internas pelo poder trai os valores do PS. A história já mostrou os perigos desse desprezo. Ricardo Leão continuará a servir Loures e a defender os que precisam, porque é um socialista verdadeiro e um líder que honra o legado do Partido Socialista.

Pedro Cabeça