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Opinião
Ricardo Andrade – Comissário de Bordo
Ricardo Andrade
Comissário de Bordo

A opinião de Ricardo Andrade

Campanha. Propaganda. Verdade. Primeiro passo.

7 de março de 2018
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Recorrentemente ouvimos dizer que os cidadãos e os políticos estão de costas voltadas. Quase diariamente escutamos teorias de que o problema está nos partidos e na forma como eles se relacionam com a “sociedade civil”. Com frequência se debate como poderá o panorama nacional, no que toca ao afastamento, ser distinto.

Confesso que fico sempre na dúvida quando vejo pseudo-soluções milagrosas do tipo: “Como reaproximar os cidadãos dos partidos políticos em 3 dias”. Admito que não sou um defensor da teoria de que os cidadãos estejam afastados da política de forma radical. Assumo que não me parece razoável a teoria de que os políticos sejam a fonte de todo o mal.

Para que haja uma solução, cada qual tem que fazer a sua parte. Para que se inverta uma tendência de afastamento todos devem procurar alterar o que pode eventualmente provocar um afastamento que não é natural, na medida em que população e eleitos não vivem uns sem os outros.

No interior do PSD em Loures é normal discutir-se esta temática e, muitas vezes, debater-se o assunto na lógica de que a proximidade deve ser aumentada através da comunicação. Dentro do PSD Loures (que no fundo é dentro da sociedade do nosso concelho de Loures) a preocupação com o passar a mensagem é tão tida em conta, quanto é a percepção de que existe da parte de outros uma constante propaganda “24 sob 24”, “365 dias ao ano” em que nem sempre as mensagens aproximam quem está afastado de tão propagandísticas que são.

Mas apenas comunicar e passar uma mensagem não basta. Procurar vender uma ideia que nada tenha de útil vale pouco ou nada. Não ter a coragem de tocar onde é preciso ainda menos. E não assumirmos o que somos ainda pior.

Por isso o PSD em Loures virou esta semana uma página e saiu para a rua com uma campanha de outdoors por todo o Concelho, em que claramente se assume como “A oposição com coragem de dizer a VERDADE”. Uma campanha que é a primeira, em muitos anos, que não se enquadra em qualquer campanha eleitoral que esteja à espreita. Uma campanha que procura dizer aos cidadãos que podem contar com quem não tem medo.

Uma campanha que é desempoeirada na imagem, mas sincera na mensagem.

Ajudará a aproximar o cidadão do titular de cargos públicos? Aumentará a confiança dos eleitores nos eleitos? Bastará para inverter uma tendência?

Veremos. Mas acima de tudo o primeiro passo para comunicar mais com a população está dado.

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