Anuncie connosco
Pub
Opinião
Ricardo Andrade – Comissário de Bordo
Ricardo Andrade
Comissário de Bordo

Opinião de Ricardo Andrade

Agarrar o Natal!

3 de dezembro de 2023
Partilhar

Quando entra Dezembro é sempre sinal que o caminho para o Natal já é curto.
Quando entra Dezembro sabemos que um espírito especial invade as ruas e as crianças começam a sonhar com a chegada do Pai Natal.
Quando entra Dezembro começamos a olhar para trás preparando-nos para fazer o balanço do ano que finda.
Para mim cada mês de Dezembro é especial. Não por tudo o que é normal mas também porque, por razões profissionais, nunca sei se conseguirei estar com a minha família na época festiva. Quando consigo, a felicidade de estarmos juntos não tem preço mas quando não me é possível fazê-lo vem sempre a esperança de no ano seguinte poder compensar a ausência do ano anterior.
É assim o Natal, momento em que as emoções se soltam, altura em que devemos pensar mais nos outros do que em nós mesmos, período em que a solidariedade deve imperar.
Se o Natal é bem mais que iluminações alegres, espectáculos temáticos ou jantares comemorativos, estas exteriorizações são um marco pelo qual ansiamos todo o ano.
Além de Dezembro nos levar a fazer balanços penso que deve ser também um momento em que temos que gastar tempo a pensar no ano seguinte e em como podemos ser melhores e ir além de nós mesmos.
Cada um de nós o deve fazer enquanto ser individual e pensante, mas não pode ser apenas cada um de nós. Também as instituições, também as organizações, devem reflectir no caminho que trilham e em qual o rumo que devem tomar para melhor defenderem a comunidade.
Enquanto estruturas dinâmicas e vivas de quem se espera que se renovem e que se reinventem constantemente, não podem perder a oportunidade de fazer balanços que lhes permitam assumir novos compromissos para com as populações que delas esperam atitudes de liderança e de responsabilidade.
Enquanto agentes essenciais de uma sociedade não podem viver fechados em si mesmos. Enquanto parte de um todo não podem ter receio de quaisquer dores de crescimento. Enquanto estruturas vivas não podem ter medo de processos evolutivos naturais.
Por tudo isso… este é o momento em que, no pensamento das lideranças das instituições, deve sempre estar a análise do passado e o desenho do futuro devidamente temperados com a humildade de quem tem a obrigação de liderar não apenas pelas palavras mas, acima de tudo, pelo exemplo.
Sim… para todos nós e para todos quantos nos dirigem este é momento de… agarrar o Natal!
Só assim poderão mesmo não perder a confiança das populações e evitarem cavar ainda mais o fosso que se tem criado entre pessoas e instituições.

Última edição

Opinião