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João Pedro Domingues – Professor
João Pedro Domingues
Professor

Opinião de João Pedro Domingues

Prometer e cumprir

4 de fevereiro de 2024
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Permitam-me neste pequeno texto, uma breve reflexão sobre a atividade autárquica em Loures.
Quando a classe política atravessa, quase exclusivamente por culpa própria, um período de grande descrédito, com promessas que inevitavelmente surgem em momentos de período eleitoral, devem ser valorizados a atitude e o trabalho de quem se preocupa com cumprir, assumindo os compromissos feitos com o eleitorado.
E, nas autarquias, isto nem sempre é fácil de acontecer, pois as promessas fazem-se e, e torna-se fácil endereçar as responsabilidades, para o que não se faz ou não se pretende fazer, para quem esteve em mandatos anteriores.
Em Loures, isso não está a acontecer.
Em dezembro último escrevi que era preciso fazer o que ainda não tinha sido feito, após oito longos anos de letargia e de inoperância, que levaram Loures a estar num certo marasmo, perdendo competitividade em relação à área metropolitana de Lisboa.
Foram assumidos compromissos no início do mandato autárquico, e muitos terão pensado que isso era só conversa, seria mais do mesmo, como acontecera no passado recente. Que prometiam muito, mas no fim do dia, nada acontecia.
É certo que o nível de empréstimos solicitados e devidamente sancionados pelo Tribunal de Contas, foi de grande dimensão, face ao que era habitual, mas urgia recuperar rapidamente o tempo perdido, pois o PRR não acontece todos os dias.
Para cumprir o que foi prometido, foram já aprovados na sede própria, muitos por unanimidade, cerca de 15 milhões de euros em lançamentos e adjudicações de várias obras.
A tão desejada, mas sempre adiada, variante urbana interior de Loures foi já adjudicada e a sua construção já se iniciou. O lançamento da primeira pedra do futuro Centro de Saúde dos Tojais já aconteceu. A construção da nova escola da Portela da Azóia está em fase final de adjudicação, devendo a sua construção ser iniciada a breve trecho. A escola da Covina está já em andamento e a escola nº 5 de Camarate está em visto do Tribunal de Contas, devendo iniciar-se nas férias de verão.
Finalmente, o projeto para a construção do novo Complexo Desportivo Municipal foi lançado, de modo que o Sportivo de Loures e todas as camadas jovens que querem praticar desporto, possam iniciar a época desportiva de 25/26 já neste moderno espaço municipal.
A nova ponte de Palhais, já adjudicada, irá ser uma realidade, sendo de grande importância para a população daquela localidade.
Serão igualmente concretizadas as requalificações do jardim de Moscavide, da Avenida Luís de Camões em Santo António dos Cavaleiros, e a construção da rotunda na Quinta do Património; isto, enquanto não são publicados os avisos para as candidaturas das requalificações das escolas Maria Veleda em Santo António dos Cavaleiros e Gaspar Correia na Portela.
Enfim, os compromissos assumidos em campanha eleitoral, devem ser sempre cumpridos, mesmo que nem sempre a oposição concorde, a bem da credibilidade da classe política e dos políticos, nomeadamente os autarcas.
E, como referi anteriormente, pode perguntar-se, era preciso fazer-se tudo isto, que obriga a um forte investimento?
A resposta parece-me simples: Sim, é preciso. Porque os compromissos são para ser cumpridos e a palavra dada deve ser sempre honrada.
E no fim do dia, constamos que era mesmo necessário fazer o que ainda não tinha sido feito.

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