Fora do Carreiro
Valflores e muito mais, apesar de tudo!
3 de abril de 2021
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Não obstante a pandemia de COVID-19 com todas as suas consequências insidiosas e destruidoras de vida, economia, empregos e actividades sociais, desportivas e culturais, sinto-me francamente satisfeito com o trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal de Loures.
Antes de mais, parece-me motivo de orgulho e reconhecimento o trabalho, que conseguimos perceber, desenvolvido pelo Presidente Bernardino Soares junto das entidades de saúde no que concerne às metodologias de trabalho para se enfrentar este magno desafio do nosso tempo, mas também todos os apoios concedidos que vão desde o acesso às bibliotecas a partir de casa, viabilizado pelos serviços de táxi (o que evidentemente também é um apoio), ao serviço de entrega de refeições em casa, da mesma forma, que constitui importantíssimo apoio a restaurantes e ao sector do táxi, bem como o alargamento dos prazos para pagamento de água e licenças urbanísticas e outras, o reforço do Fundo de Emergência Social e muitas outras medidas que enobrecem a acção municipal.
Sinto-me ainda bastante satisfeito porque apesar de todas as dificuldades, apesar da necessidade da Autarquia ter tido de reorientar em muitos aspectos as suas actividades previstas, programadas e em execução, todos os dias vamos tomando conhecimento do avanço de obras e projectos que o Concelho há muito aguardava. A ligação pedonal Bucelas- Bemposta, a rotunda de A-das-Lebres, a Requalificação da Baixa de Sacavém e Controlo de Cheias, o Centro de Saúde de Santa Iria de Azóia, os Parques Urbanos de Santo António dos Cavaleiros, Infantado, Camarate e Catujal, as Escolas Básicas de Sacavém – Fonte Perra, nº 3 de Unhos e Flamenga- Loures, a Ciclovia Infantado-Loures, Remodelação do Largo 1º de Maio em Sacavém, Intervenções nas redes de água de Santo António dos Cavaleiros, Bucelas e Loures e a Frente Ribeirinha do Tejo e é aquilo que conheço, que é necessariamente menos do que o que se está a passar de facto.
Sobre um avanço em particular quero aqui dar destaque. Trata-se da conclusão da primeira fase das obras de recuperação do Palácio e Quinta de Valflores, aquela que se tem denominado como a fase da consolidação e aquela que garante que se estancou a degradação e não se corre já o risco de que uma ventania ou outra tormenta o deite por terra. Não me vou ocupar da história do conjunto patrimonial de Valflores, porque durante os últimos anos, praticamente tudo foi dito pela ADAL, pela ADPAC e pela Câmara Municipal de Loures. Com projectos aprovados para avançar com as segundas e terceiras fases da recuperação do edificado e espaço agrícola da Quinta, importa agora reflectir sobre as futuras funções do espaço onde, evidentemente, não se pode prespectivar uma simples musealização com um enorme peso no erário público.
A Quinta de Valflores deve ser – no meu ponto de vista – uma peça central em dois elementos fundamentais do desenvolvimento que preconizo para o Concelho de Loures: 1. A instalação de um pólo universitário para o ramo das ciências do ambiente e da sustentabilidade e 2. Uma base de ligação entre a Frente Ribeirinha do Tejo e a Várzea de Loures por intermédio de um corredor verde estruturante, contando com o apoio de um meio de transporte suave para viabilizar a transposição da “serra” nas duas direcções.