Fora do Carreiro
Santa Iria de Azóia, tem de ser freguesia autónoma de novo
4 de setembro de 2022
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Neste momento, tenho a ousadia de permitir que o meu interesse particular se junte ao interesse colectivo no clamor pela recuperação da autonomia da freguesia de Santa Iria de Azóia.
A criação das chamadas uniões de freguesia, a golpe autoritário – sem ouvir autarquias e populações – de um governo de maioria absoluta da atávica direita portuguesa, foi um disparate sem paralelo e não cumpriu nenhum dos propósitos com que foi embrulhada para justificar a sua imposição. Não houveram poupanças económicas, não aumentou a eficiência dos serviços das freguesias, é certo que nenhuma população ficou mais acompanhada e mais bem servida.
E nem interessa para o caso discutir se se produziram alterações políticas artificiais, uma vez que a promoção do afastamento dos eleitos dos eleitores impulsionada por estas uniões de freguesia, são a mais clarividente demonstração da hipocrisia usada por aqueles que proclamam querer mudar o sistema eleitoral no país para, veja-se bem, “aproximar os deputados dos seus eleitores”. Se nem os presidentes de Junta de Freguesia querem aproximar dos fregueses, quanto mais os deputados dos portugueses !
A União das Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela com mais de 44.461 indivíduos, se fosse Município ocuparia o lugar 66, entre os 308 municípios do país. Apenas Santa Iria de Azóia, com 18.240 seria o 129º do ranking populacional, o que parece bem ilustrativo de que não teve lugar qualquer reforma administrativa sensata e coerente e que não é adequada uma União de Freguesias de tal dimensão, porque são os moradores que perdem.
Urge corrigir o disparate em todo o país, mas com uma dose de interesse pessoal, o afirmo publicamente, especialmente, no que a Santa Iria de Azóia diz respeito. Santa Iria de Azóia deve voltar a freguesia autónoma de novo, não me resta a menor dúvida, porque cá vivo e observo o que se passa e o que não se passa e devia passar-se.
Respostas necessárias:
Não é quem quer. Só pode ser, quem tem princípios políticos e pessoais à altura de poder ser.
NÃO. NÃO ESTÃO A FAZER. Os cartazes são mera propaganda.