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Opinião
Rui Pinheiro – Sociólogo
Rui Pinheiro
Sociólogo

Fora do Carreiro

100

9 de agosto de 2022
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EDIÇÕES. Não pode deixar-se passar o número assinalável de 100 edições do Notícias de Loures, sem uma saudação muito especial a todos quantos, neste período de (sempre difícil) vida de um órgão de imprensa regional, permitiram que nascesse, resistisse e se mantenha presença assídua na nossa vida colectiva.

RUMO. Os cientistas têm advertido o mundo para fenómenos climáticos problemáticos. Estou em crer que ninguém pode desconhecer os avisos, embora acredite que muitos não saberão, porque não se interessam ou fazem questão de ignorar, o significado e alcance dos alertas. Podem até haver – e há – posições diversas sobre a problemática das denominadas alterações climáticas, mas o que parece ser inquestionável são as ocorrências climáticas extremas que afectam o nosso país, a galopante desertificação, quer no que concerne à sua dimensão física de empobrecimento dos solos, quer quanto à sua dimensão humana de abandono de territórios, a inacreditável falta de água num país com 942 kms de costa marítima no território continental e o cíclico e repetitivo problema dos incêndios da envergonhada floresta que Portugal ainda tem. Estas, são apenas algumas das expressões, no nosso país, da crise geral do sistema planetário, marcado iniludivelmente pelo modo de exploração económica dos recursos. O mundo tem um rumo preocupante, a Europa está mais focada na promoção da guerra e nas armas do que na resolução dos transcendentes problemas da sobrevivência da humanidade e o governo português deleita-se com bazucas económicas e militares e pouco ou nada faz quanto à demografia, a desertificação, a falta de água, os incêndios, a floresta, o sistema de saúde, enfim, a resiliência colectiva aos problemas globais e as suas expressões locais.
Não menos preocupante é a verificação de que o Município de Loures se prepara para meras candidaturas pífias para captar dinheiro da tal bazuca europeia, mas que, verdadeiramente, não parece ter nenhum objectivo, nenhuma estratégia, para preparar o território municipal, as suas cidades e vilas para poderem ser um porto seguro para as populações, face aos extremos climáticos que já aí estão e prometem acentuar-se.
VERGONHA. NÃO. NÃO ESTÃO A FAZER!

285 dias e 6.840 horas sem
- A ligação do metropolitano a Loures e Sacavém
- A ligação directa de Sacavém à Segunda Circular
- A ligação viária variante a Bucelas
- A ligação por intermédio de rotunda entre o núcleo antigo de Sacavém e a Urbanização da Quinta do Património
- A requalificação da Frente Ribeirinha do Tejo
- Construção de um equipamento cultural de referência nacional e metropolitano
- O sistema inteligente de contentores subterrâneos
- A marca “Loures”

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