Fora do Carreiro
É rigoroso, Não. Não estão a fazer nada!
8 de outubro de 2023
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Na nossa última crónica, salientámos, a propósito do período de Verão que era suposto estar a definhar que nada está a ser feito, no Concelho de Loures, no âmbito da mitigação das alterações climáticas e em particular, para enfrentar as ondas de calor que se esperam, com impactos substanciais em todos os domínios da nossa vida colectiva e individual.
Mas basta acompanhar as notícias internacionais para se perceber bem que há outros âmbitos, consequência igualmente das perturbações climáticas que se vêm registando ou dos riscos de catástrofes, onde pouco ou nada está a ser feito para aumentar a resiliência do território e das populações ou para proporcionar meios de enfrentar uma qualquer crise.
No que respeita ao risco de cheias, há que saudar o anterior executivo municipal que, contra a intriga, a mentira e a manipulação de que foi alvo pelos oponentes políticos, executou, com sucesso já provado, as obras do denominado “caneiro de Sacavém”. Para as situações de pluviosidade forte já ocorrida, o sistema deu resposta. Merece destaque, também, a iniciativa do anterior executivo, que o actual parece estar a prosseguir, com o projecto ValoRio, onde através dos processos de renaturalização das linhas de água, em que Loures é fértil, as torna mais aptas a enfrentarem os riscos associados.
Recordemos também que Lisboa é a segunda cidade europeia, a seguir a Instambul, com o maior risco de um sismo demolidor, semelhante ao de 1755. Trata-se de um fenómeno que nenhuma instituição pode controlar, mas é indispensável que nos perguntemos sobre o que está a ser feito para ajudar a enfrentar um terramoto na região de Lisboa. Têm ocorrido simulacros, nas escolas ensina-se às crianças as condutas a adoptar, nas empresas explicam-se aos trabalhadores o que fazer ? Estão definidos locais de assistência prioritária ? Há uma rede de comunicações acessível a quem precise ? Há fiscalização eficiente que garanta que a lei é cumprida na construção dos edíficios públicos e privados ? Há reserva pública de alimentos e água potável ?
Não, Não estão a fazer nada !
Por isso, aqui fica o desafio para que o Município de Loures adira, já, à Plataforma Nacional para a Redução do Risco de Catástrofes, que será o mínimo elementar a fazer neste momento.