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Ricardo Andrade – Comissário de Bordo
Ricardo Andrade
Comissário de Bordo

A opinião de Ricardo Andrade

Vamos lá ao que interessa!

4 de abril de 2017
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Chegaram as Eleições Autárquicas e um pouco por todo o País discutem-se candidatos, estratégias e muitas “tricas” de diversa ordem. Fala-se muito, escreve-se bastante e produzem-se imensas teorias e prognósticos acerca do acto eleitoral que se avizinha.
Somos inundados com comentário politico para todos os gostos. Nas redes sociais, o assunto “Autárquicas 2017” ganha uma dinâmica cada vez maior em que os assuntos mais comuns são: quem vai ser o quê, quem acha o quê de quem, ou quais as hipóteses de vitória ou derrota.
Diariamente se discute o que parece ser mais importante ou mais mediático, mas que, na minha opinião, é bastante acessório ou, efectivamente, marginal em termos das expectativas que tem o eleitor comum.
Serão os aspectos que referi assim tão manifestamente essenciais para quem deve decidir o seu sentido de voto? Serão as temáticas de “folclore eleitoral” personalista assim tão determinantes para quem deposita esperanças de um futuro melhor, em quem pretende que dirija os destinos de órgãos que podem e influenciam verdadeiramente o seu futuro?
Na parte que me toca, penso que “dar palco” a tudo quanto referi e olvidar as temáticas que, verdadeiramente, contam para quem vive em cada Concelho pode até ser mais apelativo ou (como dizia uma figura publica nacional) mais “sexy”, mas não é o que, realmente, deve importar.
Acredito ainda que para os lourenses é mil vezes mais importante saber o que pensam os candidatos e as forças políticas com responsabilidades presentes e futuras de direcção acerca de temas como os transportes públicos no Concelho, a Saúde, a carga fiscal imposta pelo Município, o desenvolvimento económico de Loures, o emprego a segurança dos munícipes, a manutenção ou o embelezamento dos espaços públicos ou o futuro da educação no nosso Concelho.
Que projectos têm aqueles que se candidatam? O que pretendem fazer igual ao que foi feito ou o que pretendem fazer diferente? Quem pretende estagnar o Concelho ou quem pretende que o mesmo evolua? Quem tem uma perspectiva conservadora ou quem tem ideias de ruptura com o “status quo”? Quem tem a coragem de colocar os interesses gerais à frente dos interesses de pequenas elites?
Haja então a frontalidade por parte de quem se candidata de ser claro e honesto quanto aos projectos para o futuro e a intransigência de quem elege de exigir que se discuta, efectivamente, o que é importante para a evolução da nossa terra.

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