Anuncie connosco
Pub
Opinião
João Pedro Domingues – Professor
João Pedro Domingues
Professor

Opinião de João Pedro Domingues

Vacinação obrigatória… já!

3 de dezembro de 2021
Partilhar

E quando todos esperávamos passar a quadra natalícia em paz, com as famílias, com alguma liberdade de circulação, com a possibilidade de passearmos, irmos livremente a restaurantes e podermos fazer, dentro do possível, uma vida mais normal, eis que regressa o terrível vírus que nos tem acompanhado nos últimos anos.

A atividade económica começava a retomar a sua atividade normal, o turismo a prosseguir na sua dinâmica própria - e tão importante ela é -, a restauração e as diversões noturnas a iniciar uma atividade em crescendo.

E agora? Vamos regressar ao estado de emergência? O confinamento começa a ser uma possibilidade? O teletrabalho começar novamente a ser obrigatório?

São dúvidas que nos assaltam, e para as quais ainda não temos uma resposta concreta e assertiva. Mas a culpa, para lá da que terá de ser assacada ao vírus, também começa em todos nós e nas práticas que nem sempre cumprimos.

E chegando aqui, o que me importa referir é que, para além do esforço redobrado que o Governo tem de fazer para acelerar a vacinação, trabalhando mais horas se tal for necessário, temos de encontrar as melhores soluções para obrigar a que todos se vacinem.

Sei que é polémico, e que surgirão sempre vozes a clamar pelos direitos e garantias de cada cidadão. Em termos normais eu também pensaria assim. Mas não vivemos tempos normais.

E a liberdade de decisão de cada um não se querer vacinar, entronca com liberdade de outros de quererem viver com a consciência de que podemos viver em segurança, porque todos temos partilhamos do mesmo objetivo, que é libertarmo-nos do Covid.

Mas não é assim. Por fundamentalismo, ignorância ou outra qualquer razão, (não falarei dos negacionistas, porque não os entendo), há quem não aceite ser vacinado, pondo em risco todos os outros.

Dados recentes dizem que dos infetados internados só 10% é que já tomaram duas doses da vacina (e são de idade avançada e com problemas de saúde associados). Dos restantes, 20% têm somente uma dose tomada, e 70% não tem, ainda nenhuma dose administrada. E claro: o SNS começará a ter algumas situações complicadas para resolver.

Sei que é polémico, mas para situações de emergência, medidas de emergência. Não erradicaríamos o vírus definitivamente, mas, estou certo, teríamos uma quadra natalícia bem mais alegre e em segurança.

Todos queremos e teremos de agir para termos um Natal com menos receios, uma passagem de ano em alegria e uma esperança em que o ano seguinte será bem melhor.
Desejo a todos uma boa vacinação.

Última edição

Opinião