Opinião de João Pedro Domingues
Loures, o desafio autárquico
4 de julho de 2021
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As autárquicas estão aí à porta. Ao que tudo indica, setembro será o mês das grandes decisões para o Poder Local Democrático.
O balanço da atividade autárquica, nomeadamente em Loures, será efetuado nessa altura. As populações poderão, e deverão, num verdadeiro ato de cidadania, votar em quem entendam que melhor defende os seus territórios e os interesses das suas gentes.
Os executivos municipais fizeram, ou não fizeram, como é o caso de Loures, o que prometeram, não cumprindo os compromissos firmados com o eleitorado que os elegeu, e, por esta ou aquela razão, foram inoperantes na sua ação.
Claro está que a culpa terá sido da oposição, como se verifica em Loures, pois segundo a presidência comunista, a inércia verificada resulta de bloqueios oposicionistas.
Mas a população tem consciência que não é bem assim.
Loures merece mais e melhor. SIM, merece mais e melhor.
As eleições autárquicas serão um momento decisivo para a afirmação de um projeto de futuro, de progresso e desenvolvimento do concelho.
As pessoas são o foco que deve presidir a toda a ação autárquica. Servir as pessoas, com políticas adequadas e com o espírito de missão de um verdadeiro autarca, é o que dará sentido à ação de quem abraça este projeto. Será esse o compromisso que os candidatos socialistas deverão assumir com a população de Loures. A atitude que Ricardo Leão está a adotar parece-me muito correta e ponderada. Está no momento de ouvir as pessoas, as suas reclamações, as suas ambições e expectativas; preparando um programa o mais participado possível, de ambição, inclusivo, que não permita que ninguém fique para trás, e construindo um programa que torne Loures num concelho com uma voz respeitada, ativa e que seja incontornável no panorama da área metropolitana de Lisboa; construindo um programa que inclua todos, sem exceções; onde todos tenham o seu lugar, não importando a raça, credo ou religião; construindo um programa de mais e melhor desenvolvimento económico, de criação de emprego, aproveitando a vinda do transporte pesado para Loures (uma grande decisão do partido do governo, que por acaso é socialista).
Depois de setembro, será o tempo de agir: o tempo de realizar obra em oposição à estagnação atual; o tempo de realizar ambições há tanto tempo adiadas. A saída da A1 em São João da Talha, a verdadeira rotunda de A-das-Lebres, a variante a Bucelas, a abolição das portagens na CREL, a potenciação da várzea de Loures, a conclusão da recuperação dos bairros de génese ilegal, a habitação jovem e o arrendamento acessível. Enfim, há ainda tanto para fazer em Loures.
Uma última palavra para as juntas de freguesia e para o excelente trabalho que têm realizado em prol das suas comunidades. Elas são o primeiro patamar do Poder Local Democrático, quem mais próximo está das populações, dos seus anseios e das suas preocupações.
Setembro, mês das eleições autárquicas, deve ser encarado como mais um momento de celebrar esta conquista de abril, reclamando a nossa presença no momento da votação, não deixando que, ao não decidirmos, outros decidam por nós. A abstenção será o principal entrave ao desenvolvimento de qualquer concelho. Não deixemos que em Loures isso aconteça.
Viva o Poder Local Democrático.