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Adega Velha – Ti Palmira

4 de fevereiro de 2024
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A Vila de Bucelas é sobejamente conhecida pelo seu afamado Arinto.
E por isso foi classificada como Região demarcada desde 1911 e das poucas do Mundo exclusivamente para vinhos brancos.
Em torno do seu núcleo habitacional principal, podemos encontrar várias quintas que vão produzindo este precioso néctar e que felizmente se têm vindo a afirmar tanto a nível nacional como internacional, e apostando na divulgação dos seus produtos na Restauração, fazendo a delícia dos apreciadores.
Bucelas sempre foi conhecida também pela sua oferta gastronómica sendo que, com o tempo, algumas das suas casas de referência, infelizmente, têm vindo a encerrar as suas portas.
Entre outras, uma delas foi a Adega Vera Cruz, e que até há relativamente pouco tempo funcionava como Churrasqueira, ou também conhecida outrora como o “Miguel dos Frangos”.
Ora, foi este espaço que Nuno Raposo, um jovem com alguma experiência na restauração, tomou de exploração e decidiu reabrir há poucos meses atrás.
A ideia foi recuperar os moldes de Restaurante de comida tradicional onde, com a ajuda da sua Mãe procura servir pratos típicos da cozinha portuguesa.
Assim, vai variando a ementa diariamente neste conceito, onde podemos encontrar também as carnes grelhadas, desde os secretos à picanha, e num Bife da vazia à Adega, que é uma das suas especialidades, em simultâneo com as tábuas de carnes.
No peixe, tem sempre o Bacalhau à Ti Palmira ou, em alternativa, o mesmo assado com batatas a murro. Também para nos peixes tem, normalmente, Ovas para grelhar e Polvo à Lagareiro.
Mas é ao domingo, que o seu Cozido à Portuguesa enche a casa com a procura que tem.
No dia em que visitei a Adega Ti Palmira, serviam umas petingas fritas com açorda que acompanhei com um excelente vinho À PARTE - Arinto Biológico da Quinta do Casal da Cruz.
Não é propriamente um vinho fácil de encontrar nos restaurantes do concelho, mas o Nuno vai fazendo questão de ir apresentando várias opções neste domínio.
Para encerrar a refeição experimentei uma tarte de amêndoa que ajudou na harmonização.
O espaço não é muito grande e tem um toque de familiar simpático.
Numa era em que restauração vive dias difíceis e a maioria baixa os braços fechando portas, o exemplo do Nuno é de saudar.
Não apenas pela sua coragem em se lançar em frente, mas, fundamentalmente, pela vontade que tem em mostrar o melhor que a sua terra tem.
Está no início da sua aventura mas já é merecedor de uma visita.

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