#vamostodosficarbem
A CULTURA, SEMPRE A CULTURA
5 de abril de 2020
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Maldita seja a Cultura! Raios partam a Cultura! A Cultura, a Cultura, a Cultura… Sempre a cangalhada da Cultura, raios!!! Mas, pegando no título e até mesmo nos considerandos do mesmo, de Guilherme de Oliveira Martins no Público de 23 de Março, “Como pode a Cultura ajudar…” nestes tempos terríveis e horríveis de pandemia por culpa do COVID19.
Nestas alturas tão desesperantes há sempre “uns crânios”, que distribuem gratuitamente conselhos e receitas. Como o autor afirma no artigo acima referido, hoje estamos todos a jogar à “cabra-cega em que todos temos os olhos vendados” (É urgente (re)ler “Ensaio sobre a cegueira de José Saramago).
Hoje e nestas circunstâncias cada vez mais, Descarte ecoa repetidamente nas nossas cabeças: “Sei, que nada sei!”. Todos nada sabemos! Neste mundo globalizado é chegado o tempo de globalizar a solidariedade verdadeira. Sem interesses. Sem subterfúgios escondidos. Estamos sozinhos e todos juntos! Provavelmente todos com medo e não é vergonha tê-lo.
Mas recorrendo uma vez mais a Guilherme de Oliveira Martins, “Ao medo, devemos saber contrapor o sentido da responsabilidade, a atenção e o cuidado.” E eu volto a acrescentar: a solidariedade! Temos agora tempo para pensar e pensar continua a ser fundamental. Os ilusionistas ocuparam o lugar da Verdade!
Mas falemos de Cultura propriamente dita, esclarecendo pelas palavras usadas pelo nosso interlocutor no seu artigo de opinião, a verdadeira dimensão da palavra “Cultura”: “Falar de Cultura significa associar as humanidades à ciência, à educação, (…) à qualidade de vida e à emancipação social e pessoal.
Só a compreensão da importância da Cultura, enquanto memória e experiência, poderá permitir dar à economia um sentido que ponha em primeiro lugar o desenvolvimento humano. (…) Longe de ser um luxo, a Cultura pressupõe a capacidade de criar e de inovar, que tem a ver com a capacidade do artista, com as qualidades do cientista, com a força mobilizadora do cidadão ou com o afecto do cuidador. (…) A Cultura é, de facto, transversal, liga a sociedade toda na sua diversidade, exige a educação de qualidade para todos, coloca a aprendizagem no centro do desenvolvimento. (…)
Urge entender como a Cultura pode ajudar…” E a terminar, não esqueça: Cultura também é lavar as mãos, tossir/espilrar para o interior do cotovelo e NÃO SAIR DE CASA! PELA SUA SAÚDE, PELA SAÚDE DOS SEUS, PELA MINHA SAÚDE e PELA SAÚDE DE TODOS NÓS!!!