Opinião de Joana Roubaud
A Leitura como prescrição para autoconfiança
6 de janeiro de 2019
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A saúde mental é parte importantíssima no crescimento de uma criança ou de um jovem.
A autoestima, a autoconfiança, os objetivos, a coesão das relações, e a família são exemplos de fatores que contribuem para uma boa saúde mental e para o sentimento de felicidade.
Estas características podem ser trabalhadas através de algumas atividades e a leitura é uma excelente forma de o conseguir.
Através de um livro é possível aprender, enriquecer o vocabulário, desenvolver a imaginação, a criatividade, a reflexão e o espírito crítico, tão importante para que, mais tarde e ao longo de toda a vida adulta, possamos tomar melhores decisões.
Com este raciocínio por base optei por, nesta edição, sugerir um livro infanto-juvenil que julgo que será motivador independentemente do género da criança.
“As Cientistas – 52 mulheres intrépidas que mudaram o mundo” destaca, de uma forma simples e divertida graças às amorosas ilustrações da autora, várias mulheres que ao longo da história foram capazes de se erguer no mundo da ciência, mesmo quando esse caminho lhes foi praticamente vedado.
Nas várias áreas da ciência (saúde, astronomia, engenharia, matemática, química, biologia, geologia, física) encontramos exemplos admiráveis de mulheres que acumularam profissões, oriundas de todos os meios sociais, que alcançaram prémios nobel, desenvolveram máquinas altamente complexas e que se tornaram verdadeiras referências nos seus domínios em ambientes tendencialmente masculinos.
São os casos de Mae Jemison (médica, astronauta e educadora), Marie Curie (detentora de 2 Prémios Nobel), Elvira Fortunato (portuguesa que criou o primeiro transístor de papel), ou Katia Krafft (vulcanóloga que perdeu a vida na sua paixão pelos vulcões).
Aposte no futuro e na saúde mental das crianças e passe-lhes esta mensagem. Incentive-as a procurarem o conhecimento e a perseguirem os seus sonhos tomando como exemplo estas mulheres cientistas que, tendo atravessado momentos muito repressivos na história, conseguiram deixar a sua marca no mundo até aos dias de hoje.