Opinião de João Pedro Domingues
E começa 2023
9 de janeiro de 2023
Partilhar
Terminou agora o ano de 2022. Um ano diferente, com alguns acontecimentos importantes e agradáveis, mas com características e dificuldades que há muito não se adivinhavam e que ninguém gostaria de antever.
Como todos desejávamos, aconteceu o fim da pandemia e o regresso, mesmo com alguns cuidados, à nossa vida anterior, tal como a conhecíamos. Verificou-se uma certa revolução no sistema de trabalho, que passou por razões óbvias (contornar o isolamento), para o regime de teletrabalho. Verificados os bons resultados deste regime, ele ficou como um modelo de funcionamento num conjunto alargado de empresas, permitindo uma melhor conciliação da vida profissional e familiar.
Mas 2022 foi um ano muito triste para todo o mundo, onde a democracia deve ser um valor a preservar a todo o custo. A invasão da Ucrânia pela Rússia marcou, inevitavelmente, o ano que terminou. Este ato ignóbil também se repercutiu sobre todos nós, com o galopar dos preços da energia, e de bens essenciais, originando grandes dificuldades a um conjunto alargado de famílias e uma inflação que não perspetivávamos. No mundo tal como o gostaríamos de imaginar, num mundo civilizado, onde os valores da vida humana são fundamentais, onde a democracia é um valor adquirido, não pode haver lugar para Putin’s.
Em Portugal, nomeadamente na área metropolita de Lisboa, e em especial em Loures, o fim do ano também foi muito complicado. As cheias que houve, e que há muito não ocorriam, deixaram um rasto de destruição em vias, taludes e habitações, obrigando ao realojamento de algumas pessoas. Felizmente no concelho não se verificaram perdas de vidas.
Abordo esta questão, para louvar a rápida intervenção da Câmara de Loures e, em particular o seu Presidente, que acionou todos os mecanismos legais ao seu dispor e rapidamente partiu para o terreno, tentando minimizar os estragos verificados, intervencionando e desobstruindo vias e repondo taludes. Quero aqui elogiar e homenagear também os bombeiros, a proteção civil, o exército, os trabalhadores do município e os das juntas de freguesia, que foram peças importantíssimas no combate ao resultado da intempérie.
Para o ano que agora se inicia gostaria de apontar alguns, poucos, desejos.
Começo por ansiar pelo fim da guerra na Ucrânia e o terminar do sofrimento de um povo ferozmente agredido por um invasor bárbaro. Anseio pela derrota militar e política do ditador russo e de quem o tem acompanhado.
Espero que as últimas cheias nos façam perceber a enorme necessidade de acudirmos à emergência climática, matéria a que se tem dado pouca atenção.
Anseio por um combate efetivo e eficaz para a diminuição da pobreza em Portugal e que também se possa verificar um alívio fiscal, para as empresas e as famílias, visando relançar a nossa economia.
Anseio pela criação de uma nova dinâmica no Serviço Nacional de Saúde, que permita reduzir o tempo de espera nos hospitais e, de uma vez por todas, espero que se possa aumentar o número de vagas nos cursos de medicina, que me parece ser um dos graves problemas nesta matéria.
Em termos locais, desejo que as Jornadas Mundiais da Juventude, em agosto, decorram com sucesso e potenciem aquela área do território de Loures, para um novo paradigma, dotando-o de condições para o usufruto de toda a população.
Faço votos para que todos os investimentos perspectivados para Loures possam acontecer, nomeadamente o Metro, para um maior e melhor desenvolvimento do Concelho, e outros nas áreas da educação, habitação e vias de comunicação.
E, já agora, que se decida (se não for pedir muito), a localização do novo aeroporto de Lisboa.
Já era altura…