P'la caneta afora
OLH'Ó PANTEÃO, ÓIÓAI!!!!
31 de agosto de 2018
Partilhar
Vamos lá ver se nos entendemos!...
O dito cujo Panteão já vem de longe. Em 1836, o então ministro Passos Manuel decreta a edificação de um Panteão Nacional mas sem local ainda escolhido. O Panteão Nacional destina-se a homenagear e a perpetuar a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao País, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade.
Mas só foi aberto ao público com esse estatuto depois de concluídas as suas obras a 1 de Dezembro de 1966 com missa inaugural presidida pelo Cardeal Cerejeira e na presença do Presidente da República Américo Tomás e do Presidente do Conselho Oliveira Salazar.
As personalidades sepultadas são:
Almeida Garrett (1797-1854), escritor e político;
Amália Rodrigues (1920-1999), fadista;
Aquilino Ribeiro (1885-1963) escritor;
Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014), futebolista;
Guerra Junqueiro (1850-1923), escritor;
Humberto Delgado (1906-1965), opositor ao Estado Novo;
João de Deus (1830-1896), escritor;
Manuel de Arriaga (1840-1917), presidente da República;
Óscar Carmona (1869-1951), presidente da República;
Sidónio Pais (1872-1918), presidente da República;
Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), escritora;
Teófilo Braga (1843-1924), presidente da República
E agora, umas almas peregrinas (SPA), comandadas por José Jorge Letria, antigo “compagnon de route” de José Afonso, José Mário Branco, Fausto, Sérgio Godinho e tantos outros, lembraram-se (SPA) sem consultar a família (deduzo) de apontar o dedo para José Afonso e lembrar o governo e restantes deputados da Assembleia da República, que o Zeca devia ir para o Panteão Nacional, entretanto transformado em restaurante gourmet de festas de rissolinhos e croquetes e o Zeca (digo eu!), até podia ficar entalado ali entre a D. Amália e o Eusébio. Mas que raio de lembrança!!!!! Apesar de ter cantado com o Zeca numa infinidade de espectáculos (e não sei se foram assim tantos!) e hoje em dia dizer, ele e muitos outros cantores e não cantores, que era e eram muuuuiiiiitooooo amigos do Zeca, nunca conheceram verdadeiramente o homem e o cidadão chamado José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos.
Obrigado Zélia! Obrigado Pedro! Obrigado Francisco Fanhais!
Obrigado por terem levantado a vossa voz contra esta enorme e suja ignomínia!
Este colunista escreve em concordância com o antigo acordo ortográfico.