Mel de Cicuta
O jogo da nossa vida
9 de setembro de 2019
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É raro falar de bola, mas gosto, muito, e vou ao estádio. Sou dos vermelhos. Gosto mais ainda do antes e do depois, mas tudo faz parte.
As coisas boas da vida ou fazem mal ou são pecado…
A verdade é que, por vezes, o futebol é o espelho do país.
O jogo de poder, de influência, as pequenas e grandes ilicitudes a vontade de ganhar a todo o custo trapaceando o próximo. Muitos nos querem fazer crer que é apenas na bola.
Mas é assim, por vezes, na vida.
Queria colocar o foco noutro problema, vamos na quarta jornada e já 3 treinadores da primeira divisão foram corridos.
Os projetos muitas vezes são assim, mal sustentados, mal planeados e corre-se com o elo mais fraco para disfarçar os disparates de quem manda.
Acontece nas empresas, na política, no futebol e até nas famílias, arranjar bodes expiatórios para as mil asneiras de outros ou de todos.
As famosas facas longas das noites eleitorais, os despedimentos ou não renovação de contratos por razões que poucos entendem, as famílias inteiras que trabalham em empresas públicas e por vezes em grandes empresas privadas, a cultura do faz de conta que está tudo bem e de repente alguém paga as favas…
A magia do futebol está na bola e no não sabermos para onde vai e como vai, está no jogo de equipa que permite que brilhem mais alto as estrelas. Nas nossas empresas e nas nossas vidas devia ser assim, a bola a rolar, cada um na sua posição e sabermos que todos juntos somos mais fortes. Eu não desisti e sei que aqueles que estão comigo, embora de clubes diferentes, acreditam na magia do futebol.
Na minha equipa não temos medo de poderosos nem de poderes visíveis ou ocultos, perdemos e ganhamos como os outros e, para nós, não vale tudo, e sabemos que há coisas que não valem nada.
Nesta equipa trabalha-se de facto todos os dias e hoje, volvidos 22 anos do início da prática jornalística neste concelho, em setembro de 1997, sabemos que nunca desistimos do nosso sonho.
Hoje é sempre a hora certa para fazer mais e melhor.
A todos os que a nós recorrem o nosso muito obrigado e acreditem, que com vocês vale a pena continuar.
PS: Este artigo é estupidamente escrito com o novo acordo ortográfico.