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Opinião
Filipe Esménio – Director
Filipe Esménio
Director

Mel de Cicuta

Ai ai ai e agora?

5 de setembro de 2020
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A escola vai voltar. E ninguém sabe o que vai acontecer.

O medo generaliza-se a economia congela. O desemprego aumenta o desespero e a estupidez superam a razão.

Andamos todos a várias velocidades. o Avante acontece, o futebol não, uns querem pôr máscaras nas crianças outros não, uns querem que use máscara no restaurante até fazer o pedido da ementa (o vírus só deve chegar depois de o tacho estar ao lume) outros acham que a máscara é pior coisa que há. Se beber cerveja na rua a certa hora cometo um crime se me juntar com 10 amigos cometo outro.

O bicho mata. Mas a fome também. Está na hora de percebermos que temos de trabalhar a sério para sair desta crise medonha e está na hora de percebermos que os danos sociais e psicológicos causados por esta situação são dramáticos, em particular nos idosos e nas crianças. É hora de viver, de celebrar a vida. De lavar as mãos é certo, mas de acreditar, de acreditar muito na vida.

Chega de ter medo.

Na vida há momentos para tudo, até para discordar, mas chega de extremar posições e apontar o dedo a uns e a outros.

Temos de parar de ser governados por hipocondríacos ou por interesses laboratoriais e passarmos a governar a nossa vida…

Nunca foi tão preciso um pacto de regime e medidas coerentes. Chega de fazer fogo de artifício com bisnagas ou atear fogos.

Aos empresários coragem, aos desempregados força, aos políticos organizem-se aos que todos os dias trabalham por favor deem o litro. Agora é a sério.

Mark Twai dizia que «A coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo.»

Este é o principal problema da saúde pública em Portugal neste momento. O medo é hoje a verdadeira pandemia. E a primeira prioridade do estado deveria ser o combate ao medo.

Um apelo aos moderados. Hoje precisamos de todos os moderados, ainda somos a maioria por certo, mas se nos omitirmos neste momento, o radicalismo pode vencer. Por isso ala que faz tarde e vamos dar as mãos de verdade, (lavadinhas) para combater a pandemia que verdadeiramente podemos controlar.

PS: Este artigo é estupidamente escrito com o novo acordo ortográfico.

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