Anuncie connosco
Pub
Opinião
Cristina Fialho – Chefe de redação
Cristina Fialho
Chefe de redação

Editorial

RESPONDE, EXPLICA, CALA-TE

8 de agosto de 2021
Partilhar

Há situações que merecem uma resposta, há umas que merecem uma explicação e há outras que não merecem nada.

Responde.

Não engulas o sapo. Pergunta porquê, não aceites tudo só porque te dizem. Dá-te a possibilidade de questionar e de pedir um argumento que te faça sentido. Fá-lo por bem, com educação, curiosidade. Defende o teu ponto de vista. Não te anules.
Isso envenena-nos e faz mal ao fígado, torna-nos irritadiços e dá-nos facadas na personalidade.

Fala. Explica-te. Desenha as tuas motivações com boas intenções com o mesmo tom com que gostarias de receber uma resposta.

Nada que tu tenhas para dizer é assim tão grave, tão ofensivo, tão brutal que, a ser dito e ouvido com amor não se dilua pelo afeto.

Confia que, se dizes com o coração, é canalizado com a emoção de quem quer ficar bem e reparar uma mágoa.

Às vezes as palavras proferidas com casualidade são recebidas com frieza e desprezo. Um comentário inofensivo pode ter soado de forma dilacerante. Esclarecer, clarificar e voltar ao sítio do outro que nos faz sentir bem.

Ou nada.

Quando não há sentido para falar não há nada. Se não há espaço afetivo para poder colocar as angústias e as desavenças não há nada. Porque as desavenças são poeiras na vida que assentam nas relações e é preciso sacudi-las… mas quando vai também tudo o resto pela janela, ficamos com nada.

E são precisos dois para dançar o tango.

Última edição

Opinião