Editorial
Para sempre, Portela
3 de abril de 2023
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Na fotografia ao lado está a vista da minha casa enquanto eu crescia.
Morava no Lote 95, que mais tarde ganhou o nome de Rua Fernão de Magalhães. Aquilo que fora uma urbanização tornara-se num glamouroso bairro dos subúrbios com ótimos acessos, escolas, clinicas, igrejas, escuteiros, centro comercial, centros de estudo, jardins, atividades extracurriculares e uma zona segura para viver e ser feliz.
Conto muitas aventuras, amizades para a vida e não há um sítio onde eu vá que não haja alguém que conheça alguém que é ou já foi da Portela.
Esta paisagem evoluiu com mais prédios, parques de estacionamento, comunidades multiculturais, novas gerações e tudo fluiu numa espécie de bolha protegida da poluição, do barulho, do trânsito, da confusão e do transtorno da cidade que começa logo ali no Ralis.
Depois de sair desta casa fui para as pracetas, Uma vez na Portela, sempre Portela.
Como foi confortável viver aqui!
Como é tão fácil ir ao café e ter sempre ali alguém!
Vou deixar de viver na Portela.
Espero que o meu novo bairro me receba bem e vou contar como eram as coisas por aqui.
Nós marcamos encontro no próximo jornal.
Porque podem tirar a miúda do bairro, mas não tiram o bairro da miúda!
Até já, vizinhos!