Anuncie connosco
Pub
Opinião
Cristina Fialho – Chefe de redação
Cristina Fialho
Chefe de redação

Editorial

1 razão para celebrar 100 edições

9 de agosto de 2022
Partilhar

Não sei se já se cruzaram com o programa da radio comercial do Vasco Palmeirim, as minhas coisas favoritas. Este último episódio foi dedicado a Nuno Markl, amigo e colega do locutor.
Numa bonita homenagem, Vasco conta como se conheceram e como são inseparáveis desde então.
Aos olhos de palmeirim, Markl é uma espécie de amigo-mentor-génio da escrita e, de repente, não tive a certeza se falava do Nuno Markl ou do nosso diretor do Notícias de Loures, Filipe Esménio, a quem dedico o meu texto nesta edição número 100.
O Esménio era uma espécie de “toda a gente sabe quem é” na portela, seria porque o seu nome é fácil de decorar, porque dava treinos de futebol na equipa da associação de moradores, porque frequentava os cafés e esplanadas da zona e, cumprimentava sempre toda a gente (do seu círculo, dos pais e dos irmãos).
Conheci-o porque estava a tirar jornalismo e queria trabalhar no jornal da Portela. Recebi o meu primeiro “sim” do mundo profissional sem uma entrevista. Ao longo dos anos, O Filipe escreveu livros que me deu para ler e apresentar em primeira-mão. Deu-me feedback, deu-me “na cabeça” quando mereci, deu-me espaço para crescer, deu-me linhas para escrever, trabalho, responsabilidade e deu-me proteção quando precisei. Deu-me conselhos, deu-me ideias, deu-me consolo, deu-me o exemplo.
Deu-me sentido de equipa e lealdade. Nunca um telefonema vem sem um “como estás?” e nunca uma mensagem falha um elogio. O Filipe é um amigo fiel a quem já não está cá, guardando na memória (e na primeira página de todos os números desta publicação a dedicatória ao Pedro Santos Pereira, fundador deste jornal, que substituo com respeito).
O Filipe é culto, sabe um bocadinho de quase tudo e tem um sentido de humor fácil e rápido, a piada que nunca ofende e faz rir no momento exacto. O Filipe é uma pessoa bonita. Vê sempre o bom de toda a gente, e se vê o mal, não fala sobre isso. Não se acanha quando se trata de ajudar o próximo, gastar tempo a explicar a mesma coisa pela milésima vez ou de perguntar se pode fazer alguma coisa para facilitar.
Conhece tudo dos anos 80. Músicas, discotecas, bares, cinema. Lê muito e gosta de contar histórias.
Diz que os filhos hão-de ser melhores que ele, e os netos melhores que os filhos e assim vamos fazer um mundo melhor.
Hoje chegamos ao número 100.
Eu celebro o meu mentor, que me abriu a porta e me dá tão mais do que uma redação para coordenar.

Última edição

Opinião