Poema
As estrelas
14 de abril de 2025
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Solidão – esquecer as estrelas.
Ansiedade – rejeitar as estrelas.
Acho que
vos vi luzir
fulgurantes
na vala atrás
do castelo.
Talvez tenha
fantasiado
um sonho
imaginado
pois estava
mocado
bêbedo
e fudido
de cair
para o lado,
mas contei
aos insetos
sobre a
estrada
de prata
estrelada.
Bem sei
do prazer
estimulante
delirante
e demente
da iluminação
artificial,
mas perante
a vossa luz
inquietante
alarmante
humilhante
e distante,
tenho que
perguntar –
sempre foram
tão pálidas?
Escorpião
cintilante,
resplendente
com divina
indiferença
luminosa
que escondo
por medo do
que nos une.
Mário Charuto