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Notícias | Atualidade

Hospital Beatriz Ângelo

Tempos de Espera

6 de janeiro de 2025
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Os tempos de espera nas urgências do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, continuam a ser motivo de grande preocupação para os utentes e a Comissão de Utentes do Beatriz Ângelo. De acordo com dados recentes, as filas para atendimento nas urgências chegam frequentemente a superar as cinco horas, colocando em causa a qualidade do serviço e o direito a um acesso rápido e eficaz aos cuidados de saúde. A sobrecarga no Hospital Beatriz Ângelo tem sido uma realidade constante, agravada pela insuficiência de recursos humanos e materiais, bem como pelo aumento de procura devido à falta de alternativas em regiões vizinhas. “Os utentes estão a ser penalizados por uma gestão que não consegue dar resposta às necessidades básicas da população”, afirma Mariana Costa, porta-voz da Comissão de Utentes. “Muitos acabam por desistir de ser atendidos ou são obrigados a procurar hospitais ainda mais distantes, o que é inaceitável num país que preza pelo direito universal à saúde”, conclui.

A Nova Unidade Hospitalar de Sintra: Uma Promessa de Alívio?

Perante este cenário, a recente anúncio de António Gandra d’Almeida, Diretor Executivo do SNS, sobre a construção de uma nova unidade hospitalar em Sintra trouxe uma réstia de esperança. Prevista para entrar em funcionamento em 2027, a unidade promete desafogar a pressão sobre hospitais como o Beatriz Ângelo, o Amadora-Sintra e outros na área metropolitana de Lisboa.
Segundo Gandra d’Almeida, o novo hospital terá capacidade para cerca de 400 camas e irá incluir serviços de urgência, especialidades médicas e cirúrgicas, bem como um bloco operatório avançado. “Este projeto é uma resposta concreta às necessidades da população da Grande Lisboa, que tem vindo a crescer sem que os serviços de saúde acompanhem o ritmo,” destacou o responsável durante a apresentação pública do projeto.
A Comissão de Utentes do Beatriz Ângelo acolheu o anúncio com otimismo, mas também com cautela. “Embora seja uma medida necessária, é crucial garantir que esta nova unidade hospitalar não fique apenas no papel,” alerta Mariana Costa. “Além disso, precisamos de soluções imediatas para resolver a situação do Beatriz Ângelo, porque 2027 está muito longe para quem hoje espera horas por atendimento,” reforça.
Soluções Imediatas e Apelos à Ação. Enquanto a nova unidade hospitalar não se materializa, os utentes e a Comissão exigem ações concretas e imediatas para mitigar os problemas nas urgências do Hospital Beatriz Ângelo. Entre as medidas propostas, destacam-se:
Reforço imediato de profissionais de saúde, especialmente médicos e enfermeiros, nas urgências.
Abertura de unidades de saúde familiares e clínicas de proximidade para atender casos não emergentes e reduzir a procura nas urgências hospitalares.
Investimento em equipamentos e infraestruturas, de forma a aumentar a capacidade de resposta do hospital.
Para além disso, a Comissão apela ao diálogo entre o Governo, a administração hospitalar e as autarquias locais para encontrar soluções conjuntas e sustentáveis. “A saúde não pode ser um luxo ou uma promessa política. Tem de ser uma prioridade concreta, traduzida em ações que beneficiem a população a curto e longo prazo,” conclui Mariana Costa.
Resta agora aguardar se o novo hospital em Sintra será o início de uma nova era para os serviços de saúde na região ou apenas mais uma promessa a somar às tantas outras que ficaram pelo caminho.

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