Grande Incêndio no Prior Velho
Incêndio destrói mais de 200 Viaturas
9 de setembro de 2024
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Um violento incêndio consumiu mais de 200 veículos num armazém de estacionamento de viaturas alugadas, situado na zona industrial do Prior Velho, nos arredores de Lisboa. O fogo, mobilizou um vasto contingente de bombeiros e foi controlado horas depois, mas deixou um rastro de destruição considerável.
De acordo com o comandante sub-regional da Proteção Civil da Grande Lisboa, Hugo Santos, o incêndio foi dado como extinto às 22h50, após uma operação intensa de combate às chamas. O responsável confirmou que, apesar da violência do fogo, não houve vítimas a lamentar, e as chamas não chegaram a atingir outros armazéns próximos.
No local do incêndio, mais de 150 bombeiros, apoiados por 50 viaturas de diferentes corporações da região, permaneceram até à madrugada para proceder às operações de rescaldo
Causas do Incêndio Ainda Por Apurar
As causas que originaram o incêndio ainda não são conhecidas, sendo este um dos principais focos da investigação que já está a ser conduzida pela Polícia Judiciária (PJ). De acordo com Hugo Santos, as equipas da PJ encontram-se no terreno desde o momento em que as chamas foram extintas, procurando identificar a origem do fogo. Segundo as informações recolhidas até ao momento, o incêndio deflagrou no segundo piso do parque de estacionamento, que era descoberto, poupando o primeiro piso e o rés-do-chão, onde operava a empresa de logística UPS.
Algumas viaturas que não foram diretamente atingidas pelas chamas poderão ter sofrido danos devido ao calor intenso.
Seguradoras agem rápido, mas proprietários insatisfeitos
A Generali Tranquilidade, uma das seguradoras com clientes afetados pelo incêndio, assegurou que já tomou medidas rápidas para regularizar os sinistros. Segundo a empresa, 75% dos processos dos clientes afetados já foram resolvidos em apenas sete dias úteis, com o pagamento de cerca de 700 mil euros em indemnizações para casos de perda total.
A companhia garantiu que, desde o primeiro momento, ativou um plano de ação dedicado ao incidente, criando uma equipa especializada para lidar com os clientes e parceiros envolvidos. De acordo com a Generali Tranquilidade, os restantes processos estão em fase de peritagem, que permitirá avaliar se os veículos podem ser reparados ou se também serão classificados como perda total.
No entanto, muitos dos proprietários dos veículos afetados demonstraram insatisfação com a resposta das seguradoras e do parque onde os carros estavam guardados. Segundo relatos, alguns dos proprietários não têm garantias sobre quem será responsável por cobrir os prejuízos, sobretudo no caso de danos parciais que possam não ser abrangidos pelas apólices de seguro contratadas.
O Impacto no Setor de Aluguer de Viaturas
O incêndio no Prior Velho causou um impacto significativo no setor de aluguer de viaturas, uma vez que muitos dos veículos destruídos pertenciam a empresas que operam no aeroporto de Lisboa. Este armazém funcionava como um ponto de recolha de veículos de passageiros que seguiam para o aeroporto, tornando a situação especialmente complicada para as companhias que necessitam de reposicionar as suas frotas rapidamente.
Rescaldo
A Proteção Civil destacou a eficácia da operação, sublinhando que, apesar da magnitude do incêndio, o combate ao fogo foi realizado de forma eficiente, evitando uma tragédia maior. No entanto, com mais de 200 viaturas perdidas e a incerteza quanto à responsabilização dos danos, o evento terá repercussões duradouras tanto para os clientes afetados quanto para as empresas envolvidas. Agora, todos os olhos estão voltados para a investigação da Polícia Judiciária, que terá a tarefa de desvendar o que esteve na origem do incêndio e apurar se houve negligência ou outras causas que possam ter contribuído para a destruição massiva de viaturas.