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Entrevistas

Especial Autárquicas 2021

Bernardino Soares - Candidato do CDU

4 de julho de 2021
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Nome:

Bernardino José Torrão Soares

Data de Nascimento:

15-09-1971

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Direito

Profissão:

Jurista

Cargos que desempenha:

Presidente da Câmara Municipal de Loures; Membro do Conselho Geral da ANMP; Vice-Presidente Congresso Nacional da ANMP; Presidente da Mesa da Assembleia Geral do MARL – Mercado Abastecedor da Região de Lisboa, S.A.; Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ERT - Entidade Regional de Turismo; Membro Conselho Consultivo da Comarca de Lisboa Norte; Membro Conselho Consultivo para os Assuntos da Imigração; Membro Conselho Consultivo do Hospital Beatriz ngelo; Membro do Conselho Consultivo do IPPS-IUL – Instituto para as Políticas Públicas e Sociais; Conselheiro do Conselho Económico e Social; Membro do Comité Central do PCP

Cargos exercidos:

Deputado na VII, VIII, IX, X, XI e XII Legislaturas; Presidente do Grupo Parlamentar do PCP de 2001 a 2013; Eleito na Assembleia Municipal de Loures de 2009 a 2013; Membro da Direção Nacional da JCP até 1999; Eleito na Assembleia de Freguesia de Camarate de 1993 a 1997

 

Objetivos Quantificáveis

Reforçar o número de eleitos em todos os órgãos, ser a força mais votada para a Câmara e Assembleia Municipal e aumentar o número de presidências nas freguesias.

 

O porquê da sua recandidatura? Sente que é um projeto inacabado?

O trabalho autárquico é para mim um estímulo renovado, de continuar a trabalhar para desenvolver o concelho. Será um mandato para retomar e aprofundar os mecanismos de participação da população e de proximidade que tínhamos em marcha, como as Presidências “Mais Perto de Si”, que a pandemia interrompeu.

O que podem esperar os Lourenses desta Lista da CDU, continuidade ou uma renovação de pessoas e projetos?

Haverá continuidade e renovação, quer de equipas, quer de projetos. Vamos continuar a concretizar importantes conquistas, como a nova rede de transportes rodoviários, com concurso já adjudicado, a construção das ligações de Metro a Loures e Sacavém, ou a finalização da rede de centros de saúde, em que está em construção Santa Iria, a terminar o concurso de empreitada do Catujal e prestes a ser lançado o concurso de Santo Antão do Tojal.

Teremos novos projetos, como é o caso do Centro Cultural, cujas propostas a concurso (59!) estão em análise pelo júri.

Será o primeiro mandato da aplicação da Estratégia de Habitação, pensada para dez anos e muito para além da habitação social. Trata-se de ter respostas para jovens e idosos, para os problemas do arrendamento, mas também no apoio a proprietários com menos recursos, ou numa intervenção reforçada nas AUGI. Esperamos a concretização dos financiamentos que estão anunciados pelo Governo, que ponha fim à injustiça da atual lei do arrendamento e que trave a espiral especulativa.

Este será também o mandato da Jornada Mundial da Juventude, com tudo o que isso significa.

Razões e objetivos da candidatura, linhas Mestras?

O concelho está mais atrativo para viver, para investir ou simplesmente visitar.

A nossa aposta vai ser continuar a investir na qualidade de vida, apoiar as pessoas e reforçar a sustentabilidade.

Se este mandato concretizámos 50 mil m2 de parques urbanos, no próximo vamos continuar. A rede de ciclovias vai continuar a estender-se; os transportes estão à beira de uma revolução. É uma aposta na sustentabilidade, bem patente também na defesa das florestas, na renovação de redes de águas diminuindo as perdas, ou na defesa e na renaturalização das linhas de água. Criámos até uma brigada própria de guarda-rios, coisa que não existe praticamente a nível nacional.

Os equipamentos de saúde e as escolas vão continuar nas prioridades de investimento.

Vai ser preciso apoiar as pessoas, em particular reforçando o papel das instituições sociais, que formam hoje com a Câmara uma rede social coesa e eficaz.

Posição após o resultado eleitoral. Com quem se disponibiliza para fazer coligações e com quem não se disponibiliza para fazer coligações?

Foi negativo não ter havido um acordo político estável, como quase sempre aconteceu no passado, neste mandato que termina. Mas não foi por responsabilidade da CDU que isso aconteceu. No próximo, espero que isso seja possível em diálogo com outras forças políticas. Estamos disponíveis para o fazer.

O que considera mais relevante na sua gestão e o que o deixa mais desiludido por ainda não ter conseguido concretizar em Loures?

Desbloqueámos assuntos que há muito estavam por resolver. As profundas mudanças nos transportes é um deles, sobretudo o Metro, de que ninguém falava até desencadearmos uma fortíssima ação política envolvendo a população e as instituições do concelho, que teve sucesso.
Outro desses assuntos foi a reconquista do Tejo, com a construção já adjudicada do Passeio pedonal e ciclável, a que se soma a decisão do Governo, que bastante lutámos para que acontecesse, de retirada da Plataforma Logística da Bobadela.
O que mais me custa é não ter ainda terminado a obra de substituição do Caneiro de Sacavém. Este também era um problema dado como insolúvel, pela dimensão do investimento, mas está a avançar. Infelizmente com atrasos, primeiro com uma impugnação judicial do concurso, que demorou quase um ano a resolver, depois com imprevistos, na obra, mas agora também com um empenho insuficiente do empreiteiro, perante o qual mantemos uma posição de forte exigência.

Qual seria a sua primeira medida se for reeleito Presidente da Câmara?

A primeira medida será certamente convocar as restantes forças políticas para discutir prioridades do mandato e procurar obter consensos de entendimento.
E sim, queremos pôr em prática um modelo de participação, mas que aproveite as boas experiências e ultrapasse os erros que noutros sítios tornaram por vezes os chamados orçamentos participativos uma ficção.

Como gostaria que as pessoas se lembrassem de si em 2025?

Como alguém que contribuiu para devolver a dignidade à gestão municipal e o justo relevo ao concelho de Loures. Que esteve neste cargo com seriedade e transparência. E já agora, como alguém que trabalhou com uma equipa que estará em condições de dar continuidade ao projeto para lá de 2025.

 

Visões estratégicas

Para além do novo impulso à participação das populações, e do reforço da qualidade dos serviços públicos, do município e da administração central, continuaremos a trabalhar na projeção de um concelho que tem qualidade.

Entretanto será estratégico consolidar Loures como um território de excelência para investir e para a inovação empresarial e nas atividades económicas.

Economia/Emprego Turismo

Temos uma estratégia de proximidade às empresas que vai dando frutos. A agência de investimento Loures Investe, tem sido um parceiro de importância reconhecida por todos. O Loures Inova é hoje uma marca distintiva em todo o país no trabalho de inovação e empreendedorismo.

O agroalimentar, e em particular o vinho e todas as potenciais atividades à sua volta estão em franco desenvolvimento, certamente também fruto do trabalho concertado da Câmara com os agentes económicos.

É preciso tirar partido das enormes potencialidades da zona norte, nestas áreas e também no turismo.

Noutros setores estamos bem posicionados, como são a saúde, a logística e transportes, o ambiente e resíduos ou as indústrias criativas.

Para além das zonas já pujantes de atividades económicas, como toda a zona perto do MARL, Frielas, o Prior Velho ou Sete Casas, estão a explodir em termos económicos zonas como o Planalto da Caldeira ou a faixa entre Sacavém e Moscavide, para onde de resto a REN já anunciou a transferência da sua sede.

A zona Loures nascente vai ser também em breve fortemente competitiva na área das empresas mais tecnológicas e de serviços especializados.

Ação Social/Habitação Social

Para além da questão da habitação, em que também na vertente de habitação social teremos de aumentar capacidade, estamos a apoiar a construção de um elevado conjunto de equipamentos sociais para crianças e idosos. Com o nosso apoio Loures é o concelho com mais projetos apresentados à Segurança Social para creches, lares ou respostas para as pessoas com deficiência.

É para continuar o reforço do apoio às instituições sociais.

A Universidade Sénior de Loures passou este mandato de dois para cinco polos e multiplicou o número de alunos.

Taxas e Impostos Municipais

Nos últimos oito anos o município decidiu todos os anos baixar um pouco o IMI. Isentámos as pequenas empresas de derrama desde há três anos. Recentemente baixámos, nalguns casos significativamente as taxas, em particular no urbanismo, com a revisão do regulamento de taxas.

Será preciso avaliar em que situação ficam após a pandemia as receitas municipais, antes de assumir novas baixas.

Segurança

Para além da indispensável exigência de mais efetivos e viaturas ao Governo para as forças de segurança, vamos reforçar a colaboração com as mesmas. A Polícia Municipal, não sendo uma força de segurança, mas um importante instrumento na fiscalização e na gestão do espaço público, tendo duplicado os seus efetivos neste mandato, vai continuar a ser reforçada.

Educação

Vamos manter o forte investimento nas infraestruturas. Para além das três escolas neste momento em construção, Catujal, Flamenga e Sacavém, e do Pavilhão da Escola João Villaret, estão prestes a avançar no início do mandato duas novas grandes obras, no Infantado no Bairro de S. Francisco em Camarate.

Estamos preocupados com escolas da responsabilidade do Ministério da Educação, que temos pressionado para assumir os investimentos imprescindíveis. E estamos disponíveis, como sempre, para ajudar.

Mas as escolas são mais do que os edifícios e vão continuar os programas da dança, da música e da natação, a que queremos acrescentar a ciência, para que a oferta pedagógica no 1º ciclo seja cada vez mais ampla e enriquecedora.

Saúde

Para além da conclusão dos projetos e obras em curso, vamos proceder da mesma forma com Camarate. Fica a faltar resolver o problema da Bobadela, em que continuamos a não nos conformar com a decisão de encerramento da unidade de saúde.

Temos hoje, muito por causa da pandemia, um trabalho em parceria com as unidades de saúde do concelho que nos permitirá uma forte ação conjunta na promoção da saúde e na prevenção.

Rodovias/Mobilidade e transportes

Para além do Metro, do Passe Metropolitano e da rede de transporte rodoviário que já referi, vamos manter a aposta em vias pedonais e cicláveis, por exemplo com ligações entre Sacavém e a zona norte através da Várzea e com ligações a Lisboa e a Odivelas.

Estamos a concretizar a Rotunda de A-das-Lebres e iniciar-se-á em breve a construção da T7 em Camarate. Quando à variante a Loures, o seu financiamento foi chumbado por duas vezes na Câmara. Estamos à procura de alternativas porque a consideramos essencial.

Já foi validada pela IP a solução apresentada pela Câmara para a saída da A1 em S. João da Talha, entregámos todas as soluções e estudos pedidos e falta agora a decisão final daquela entidade e da concessionária. Queremos que aconteça no próximo mandato.
Gostaríamos que houvesse disponibilidade da administração central para pelo menos quatro questões fundamentais: a variante a Bucelas, uma ligação direta da zona de Sacavém e do Prior Velho à 2ª circular e o desportajamento da A8, pelo menos até Lousa e da CREL, fundamental para o trânsito pesado.

Outras considerações relevantes

O alargamento dos atendimentos municipais que respondem a assuntos da Câmara, mas também dos SIMAR, e de entidades da administração central. Este mandato reformulámos todos os espaços já existentes e criámos novos atendimentos em Sacavém, Moscavide e Santa Iria de Azóia.

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