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Entrevistas

O Homem e o autor voltou a Loures para lançar um livro

Sérgio Godinho lança livro em Loures

8 de janeiro de 2018
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É um dos artistas mais conceituados e com maior longevidade, falamos de Sérgio Godinho. Mas não só de música vive o Homem e o autor voltou a Loures, desta feita não para cantar, mas para lançar um livro.

Tem 44 anos de carreira e um currículo muito vasto. Aos 72 anos, Sérgio Godinho, é um apaixonado por tudo o que envolva a arte. Prova disso é o seu mais recente romance: ‘Coração mais que perfeito’, apresentado no último dia 5 de dezembro, na Biblioteca Municipal Ary dos Santos, em Sacavém. Sérgio Godinho fala-nos agora do seu mais recente do projecto e da sua ligação com Loures.

Citando uma música sua, o Sérgio Godinho é mesmo um ‘Homem dos Sete Instrumentos’. É ator, compositor, poeta, escritor, músico, cantor, intérprete, entre outros… O que é que ainda lhe falta fazer?

Fiz ainda outros trabalhos, não me considero um ilustrador ou um realizador mas já ilustrei um livro, realizei filmes … mas uma coisa é que sim, sou ator, sou compositor, sou ficcionista, mas não me interessa o que falta fazer, interessa o que estou a fazer. As coisas vão acontecendo. Eu tenho uma ética, ao fim de contas, renascentista que é que todas as artes vão ter umas às outras. Simplesmente, eu não tenho que ser eficaz naquilo que não sei. A minha função criativa principal são as cancões, mas arrisco-me noutras áreas. Sempre arrisquei. Neste momento a ficção também é uma área onde eu arrisco muito.

E o que se encontra a fazer neste momento?

Voltei às canções. Tenho uma coleção 10 canções, um novo álbum, que vai surgir em finais de janeiro. Portanto, é uma volta a novos reportórios, parcerias também com outros músicos. Terminado o meu cd vou voltar ao meu livro que estou a escrever. Ando nesta vida dupla como sempre foi a minha vida, muito repartida entre várias artes.

Lançou o seu mais recente romance, ‘Coração Mais Que Perfeito’. Pode falar-nos um pouco sobre ele…

Senti a necessidade de me atirar a algo de maior folgo, algo em que as personagens tivessem uma continuidade mais prolongada e que existissem durante mais tempo, de certo modo que se fossem aprofundando e interrogando sobre quem eram elas e o que é que lhes ia acontecer. Durante um ano e meio fiz o ‘Coração Mais Que Perfeito’, foi algo que nunca me tinha acontecido, com um folgo tão continuado. Já escrevi outro livro, estou agora a rever, para sair para o ano.

A apresentação do romance realizou-se na Biblioteca Municipal Ary dos Santos, em Sacavém. O que é que significa para si apresentar um livro neste espaço?

O Ary dos Santos é um grande criador. Portanto, tenho o maior prazer em ter conhecido esta biblioteca, que, ainda por cima, é uma nova estrutura que eu acho muito necessária e pelos vistos está a ter muito sucesso. Fico muito contente por fazer parte disso.

Tem uma ligação especial com Loures?

Tenho ligação a Loures, como é evidente. Já gravei um disco cá, basta isso para logo ser muito próximo. A última vez que cantei aqui foi com o Jorge Palma, no Pavilhão Paz e Amizade. Foi um espetáculo muito forte.

Este não foi o único concerto em que se uniu a Jorge Palma. De onde surgiu a ideia de se juntarem?

Foi uma ideia completamente autónoma. Eu e o Jorge temos uma grande cumplicidade, já estamos a acabar, digamos, esta parceria. Mas eu e o Jorge somos muito amigos e temos muito respeito um pelo outro. Já nos tínhamos convidado mutuamente, então há dois anos começamos a pensar nisso e começou a acontecer. Fizemos espetáculos fortíssimos, um disco e um DVD. É uma história feliz.

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